sábado, 30 de outubro de 2010

Mais um outubro se vai e outro novembro vem




Meus medos nunca foram tão os mesmos:

De envelhecer, de não envelhecer, de mudar, de sofrer, de amar, de me perder...

Até meus erros parecem tão iguais!

Queria tantas horas a mais para viver tudo o que estou deixando passar agora

Queria outras tantas vidas para poder errar mais, aprender mais, ensinar mais...

Se eu pudesse voltar no tempo, quantas coisas eu teria coragem de fazer igual?

Se eu pudesse voltar no tempo, será que eu teria mesmo a coragem de voltar?

Os dias me parecerem tão os mesmos, principalmente os de outubro!

Outubro é sempre o mesmo, não importa qual o número do ano no calendário

E ele sempre se vai para que novembro venha, e sempre quer algo de mim

E sempre o algo que ele quer é mais do que eu quero dar

Ele se vai... para que eu seja capaz de fechar mais um ciclo

E para que eu tente começar um outro no novembro que chega

E novembro sempre vem... para que eu cresça um pouco mais, um ano mais

Para que eu tenha noção de quanto tempo deixei passar

Para que eu me desespere e reaja como quase nunca consigo...

E outubro se vai para que seus estragos possam ser amenizados por novembro

Nem sempre é uma tarefa simples, mas novembro já se acostumou

Ele está sempre limpando a bagunça que outubro deixa quando passa

E eu estou sempre nesse movimento de ir mais uma vez

De me deixar ser podada para voltar sempre nova (não literalmente)

De me partir inteira, chorar sozinha, enfrentar meus medos

Seguir em frente, não seguir... me perder, me encontrar... me amar!

Meus medos nunca foram tão meus e tão mesmos

Eles nunca foram tão inspiradores e audaciosos...

Medo de mais um outubro que se vai e do próximo que virá,

Mas amanhã já é quase novembro, não preciso me preocupar agora

Agora eu só preciso olhar para os céus e agradecer por mais um ano de vida

E me renovar sempre! Reinventar meus medos, minha vida...

Porque renovar-se é preciso... em construção (SEMPRE)!


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sábado, 16 de outubro de 2010

Esses dias...



Há muito tempo as palavras certas têm fugido de mim

Na verdade, o certo em si se afastou...

Me deixei perder por lugares novos, sem planos, sem pressa

Deixei pedaços de mim espalhados por toda a parte

Marquei meus passos pelo caminho com as lágrimas

Que já nem fazem mais cerimônia para me inundarem.

Triste eu? Não, nem mesmo um pouco... já passei dessa parte do caminho

Por onde ando agora a dor é diferente, ela meio que entorpece e apenas isso

Eu queria mais amor, mais esperança, mais vida!

Mas o amor e eu andamos nos desentendo ultimamente

A esperança se escondeu já faz algum tempo

E a vida... cada vez que o telefone toca, sinto-a tão frágil e escorregadia.

Saudade é a única que ainda permanece a mesma

Nem sempre ela sabe a quê veio, mas ela ainda sabe desempenhar seu papel

Ela ainda tem sua parceria com a dor, que já nem dói tanto

Apenas está tentando inovar para ver o quanto eu ainda sou capaz de fugir

E quanto a mim, só resta abraça-la!

Esses dias não estão fáceis, mas eles nunca se proporam a ser fáceis mesmo

Não reclamo mais, só sigo.

Não sinto saudade desses dias, mas sentirei uma saudade danada

De todos os que não restarem quando esses dias tiverem passado.


...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Semhoras e semdores...

Abençoado, meu senhor
Donde vêm as asas do bicho voador
Quem sopra junta as casas e traz sombra no calor

Anubliado clareou
Chão barreado não esconde a cor
Das lembranças que eu trago meu perdão e meu rancor

Alumiada estação
Onde as meninas brincando no portão
Tem horas que são senhoras, tem horas que horas são

E o que resta sem sentido
Fico perdido, sem direção
Fico danado e nado o rio São Francisco
Buscando o remanso pro meu coração

Abaçaiado, é assim que eu tô
Abraçando a dor, é assim que eu vou
Abaçaiado

Abaçaiado se irritou
No outro lado fica quem não atravessou
Se hoje abaçaiado canta
É porque ontem já chorou

Alegriado acertou
Que o culpado é o mesmo que inocentou
Somos beijos de partida e abraço de quem chegou

E o que resta sem sentido
Fico perdido, sem direção
Fico danado e nado o que for preciso
Em busca de um porto pro meu coração

Abaçaiado, é assim que eu tô
Abraçando a dor, é assim que eu vou
Abaçaiado...


(Teatro Mágico)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DIVULGANDO: Carta dos estudantes de Psicologia da UFC - Sobral



À comunidade Sobralense,

Nós, estudantes do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará – Campus Sobral, viemos por meio dessa carta, comunicar a lamentável situação em que o curso se encontra: estamos há 60 dias impossibilitados de cumprir nossas atividades acadêmicas devido a ausência do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA). Este serviço constitui a última etapa da formação do psicólogo onde o estudante tem a oportunidade de atuar para a comunidade. O SPA é condição de possibilidade para o legítimo funcionamento do curso de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Contudo, esse serviço não existe: não temos estrutura física, equipamentos e funcionários para as atividades de estágio. Nessa situação, estamos sendo lesados em nosso direito a uma formação com qualidade.

Inúmeras foram as tentativas por parte de professores e alunos para solucionar este problema, no entanto, consideramos que a UFC não atendeu satisfatoriamente nossas legítimas reivindicações.

Diante deste prejuízo, exigimos que a UFC tome as devidas providências para a realização do estágio de final de curso, que ocorre no SPA. Caso nenhuma providência seja tomada, nós estudantes estamos articulados para efetivar uma PARALISAÇÃO das atividades do Curso de Psicologia da UFC – Campus Sobral.

Pedimos apoio à comunidade para que nossos direitos sejam garantidos, pois ainda acreditamos na Universidade Pública, na expansão com qualidade e no ensino voltado para a excelência.