segunda-feira, 31 de março de 2008

Mole que nem manteiga

A chuva já me convenceu de q é inútil lavar as roupas, elas não vão secar mesmo.
O espelho já me convenceu de q é inútil tanto esforço pra dormir, na manhã seguinte as olheiras vão estar lá ainda.
Aprendi hoje q fragmentar o meu problema pode não ser a melhor forma de resolvê-lo, mas mesmo assim pode funcionar melhor do q qualquer outra forma de tentar.
É mais fácil entrar de cara nas coisas quando se tem amigos pra cair junto, eu tenho! Muita louca por sinal a pessoa q segura minha mão pra cair comigo (eu vivo mais no chão do q em pé). Mas se você tem amigos de verdade e os acha normais, é porque o louco deve ser você!
Mesmo conhecendo milhares de pessoas por dia dificilmente se ganha amigos de verdade com freqüência. Hoje eu ganhei. E não falo de conhecer algum amigo novo, mas de reconhecer algum amigo antigo.
Mais um banho de chuva...

"Tô mole q nem manteiga (...)
Tô querendo e quem não quer
Viver em paz e harmonia..."

Quando eu dizia q o sabor mesmo está no suspense e não na revelação, era disso q eu falava. Depois q a gente sabe o q acontece quando a cortina fecha, é como se o espetáculo de repente perdesse a graça.
Tenho q me lembrar de nunca mais deixar ninguém olhar atrás da minha cortina.

É como se eu tivesse caminhado por todo o arco-íris, pra descobrir q no final o baú de tesouros estava vazio (e escuro). Talvez o tesouro fosse apenas o baú velho e empoeirado. Pode ser q pra alguém o baú fosse um tesouro, mas não pra mim. Então me sinto como se tivesse caminhado tanto tempo pra encontrar o tesouro de outra pessoa.

A melhor solução pro meu problema, depois de dividi-lo por partes e resolver cada uma delas, foi cuidar bem do baú, ele pode ser o tesouro importante de alguma pessoa importante pra mim.
Quem sabe o meu não esteja me esperando no próximo arco-íris...

domingo, 30 de março de 2008

A voz q eu quero ouvir



...

Um segredo q poucos conhecem é o q realmente se passa dentro de cada um. O meu todo mundo conhece, é a saudade.
Eu lembro daquelas tardes q passamos juntas, das madrugadas de conversa sem fim, dos planos, dos medos, das decepções... Quanto ainda há de mim em vc?
Ainda há demais de vc em mim! Aqueles 5 minutos de conversa apressada foi, durante muito tempo, o q me ajudou a prosseguir. Minha vida era esperar chegar o dia de revê-la, ou chegar aquela horinha na internet e, então, tudo parecia ter valido à pena até ali.
Eu iria até o fim do mundo se vc me pedisse, porque vc me ensinou (mesmo sem saber) um algo muito mais valioso, q me ajudou a superar tudo o q eu não conseguia: não é preciso estar sempre do lado pra ser verdadeiro, precia apenas estar do lado de dentro.
Eu posso dizer com toda sinceridade q todos aqueles créditos q voaram valeram à pena, só pra ouvir tua voz encantada! E até mesmo as ligações não atendidas (a maioria) valeram à pena, porque apesar de tudo, foi assim q eu exercitei minha esperança.
Eu viajaria (viajei) a distância q fosse preciso, só pra ouvir tua voz encantando todo mundo, enquanto teu rosto cora(va) de vergonha e, nessa hora, vc tem certeza da minha sinceridade ao te elogiar tantas vezes.
Minhas músicas serão sempre suas, porque não consigo pensar em mais ninguém pra dá à melodia o som q ela merece. A tua voz é a q eu quero ouvir sempre!
Então, o tempo passou...
Eu brinco quando digo q me emociono quando converso muito tempo com vc, mas nem por isso deixa de ser verdade. Quanta história a gente juntou em um ano né...

É difícil dizer isso assim, até pra mim, mas a pior parte da saudade é quando ela já não dói e vc percebe q aprendeu a viver sem a pessoa pela qual se sente a saudade.
Não, eu não aprendi a viver sem vc pra me dá carão, pra ter crise de riso comigo, pra beber e se passar... mas aprendi a sentir tua ausência presente em todo lugar.
Cada dia sei menos sobre a "Lôra", eu costumava conhecer melhor a Jubi, a Sema, a Fran, a bobona... mas sei q seja lá quem for, vai ser sempre aquela caneluda q eu aprendi a amar!


"Pessoas especiais não podem ser descritas..."

sábado, 29 de março de 2008

Sem dedos pra contar

Os amigos me puxam as orelhas, quanta falta eu faço e quanta falta sinto! Também sofro com a distância e com os problemas. Sei q posso contar com as pessoas q tenho à minha volta, mas ainda assim, tem coisas q só os amigos antigos entendem, sinto falta de contar a eles o quanto me sinto perdida ultimamente.
O vinho tinto sempre ajuda nas escolhas, ele é o exterminador de angústias. Uma pessoa sempre acha q pode mais depois de uns goles de vinho.
Eu pago os meus pecados, lavo minhas roupas, reflito minhas ações, mas nada me convence da minha parte da culpa no erro.
Eu me embriago com o vinho, porque o amor já não me basta, a alegria já não me basta...
Eu sinto falta de casa! Quem nunca sentiu falta de casa? Falta de um colo pra consolar, de um mimo antes de dormir, de um abraço amigo, de um beijo paterno...
Sinto tanta falta quanto faço sentir. Meus amigos, seja lá quantos forem verdadeiros, também sentem o mesmo q eu, também queriam de volta um daqueles finais de semana entregue ao ócio, ao álcool, à amizade!
Quantas vezes já me permiti mentir por uma boa causa?
Quantas vezes já mentiram pra mim por uma boa causa?
Não dói na minha consciência os pecados q cometi pelos amigos, até porque eu já tenho consciência de q o pecado só é real quando eu confesso.
Quantas vezes os amigos já me decepcionaram quando evoluíram na escala da amizade e deixaram de ser simples amigos...

"Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram

E quantas atirei
Tanta farpa, tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é so easy se viver
Hoje não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão

Eu já deixei
Tantos bons, quantos maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
Encostar no teu peito
E se isso for algum defeito por mim
Tudo bem!"

Não me importa as quedas no caminho, eu já sei aonde devo ir e como chegar. Vou limpar a minha cara, as minhas roupas, a minha consciencia, e seguir em frente, porque águas passadas não voltam.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Restos de refrigerante...


Eu abro a geladeira e vejo quantos restos de refrigerante há. Ninguém mais perceberia, mas há tanto em comum entre nós...
Enquanto bebo um copo com água, fico pensando q destino lhes darei, se ainda servem pra eu tomar, ou se o melhor é jogar logo fora. Parece algo tão idiota perder vários minutos se perguntando o q fazer com as sobras de refrigerante na geladeira, mas pra mim não é, cada uma daquelas garrafas de refrigerante me lembram de um momento importante com meus amigos queridos, pois cada uma daquelas garrafas, foi trazida por um deles.
É então q me pergunto o q fazer com os restos de lembrança de tantos momentos trazidos juntos com os refrigerantes... como jogá-los fora? Se desse pra colocar tudo numa garrafa, eu bebia logo de uma só vez! Assim, teria certeza de q continuariam em mim.
Afinal de contas, o q posso dizer q vai restar de mim? Será q apenas esse desenho mal feito de um corpo marcado pelos flagelos de cada dia...
O q vai sobrar do amor?
Pelo q aprendi, sua ferida precisa ser remarcada todos os dias, sem deixá-la cicatrizar para q ele não acabe. Mas não, ele não acaba, é sempre amor, mesmo q mude e mesmo q passe... o desejo é q muda, o amor não.
O desejo é tão infinito e ausente quanto Deus. Nenhum dos dois consegue nos saciar por muito tempo, por isso estamos sempre buscando uma nova alternativa, buscando o amor ou a esperança (ou a fé).


" ...E quanto mais tento acordar, mais pareço estar sonhando Sigo a minha caminhada, na mochila quase nada Só nos dois e nada mais Mas agora tanto faz, tudo que deixei pra tras No seu olhar, restos de sol..."

Eu sigo em frente (por que não?) sem olhar pra trás, vou esvaziando minha cabeça, meu coração, apostando minhas últimas fichas e sem me arrepender das q ficaram perdidas. Assim como os refrigerantes q vou esvaziando ralo abaixo porque já não servem pra preencher meu interior e procuro não me arrepender de tantos goles desperdiçados.
Agora tanto faz o q ficou pelo caminho, foi preciso q alguém atravessasse o oceano pra falar sobre o amor e me convencer q o q eu sinto ainda não tem nome, talvez seja só o objeto "faltoso" do desejo. Eu não culpo a Deus, Ele já anda ocupado demais com as dores do mundo e, além do mais, eu é q espero Dele a perfeição, espero q Ele me complete, mas o mais indicado pra me completar não fará isso.
Eu não vou mais trazer pra casa sobras de refrigerantes q nem sei se vou tomar. Vou organizar minha geladeira, já q é uma das poucas coisas q ainda tenho o poder de organizar.

Nunca me contaram como seria depois do "Felizes para sempre", acho q já é uma bora hora pra aceitar q ninguém fica tempo suficiente pra saber o q acontece.

"Eu abro a janela e deixo o sol entrar
Não é dor nem saudade
Só um pensamento triste,
Pois já não somos iguais..."

quinta-feira, 27 de março de 2008

Parabéns RENATO!

"Quem me dera Ao menos uma vez Ter de volta todo o ouro Que entreguei a quem Conseguiu me convencer Que era prova de amizade Se alguém levasse embora Até o que eu não tinha Quem me dera Ao menos uma vez Esquecer que acreditei Que era por brincadeira Que se cortava sempre Um pano-de-chão De linho nobre e pura seda Quem me dera Ao menos uma vez Explicar o que ninguém Consegue entender: Que o que aconteceu Ainda está por vir E o futuro não é mais Como era antigamente. Quem me dera Ao menos uma vez Provar que quem tem mais Do que precisa ter Quase sempre se convence Que não tem o bastante Fala demais Por não ter nada a dizer. Quem me dera Ao menos uma vez Que o mais simples fosse visto Como o mais importante Mas nos deram espelhos E vimos um mundo doente. Quem me dera Ao menos uma vez Entender como só Deus Ao mesmo tempo é três Esse mesmo Deus Foi morto por vocês É só maldade então Deixar um Deus tão triste. Eu quis o perigo E até sangrei sozinho Entenda! Assim pude trazer Você de volta pra mim Quando descobri Que é sempre só você Que me entende Do início ao fim. E é só você que tem A cura do meu vício De insistir nessa saudade Que eu sinto De tudo que eu ainda não vi. Quem me dera Ao menos uma vez Acreditar por um instante Em tudo que existe E acreditar Que o mundo é perfeito Que todas as pessoas São felizes... Quem me dera Ao menos uma vez Fazer com que o mundo Saiba que seu nome Está em tudo e mesmo assim Ninguém lhe diz Ao menos obrigado. Quem me dera Ao menos uma vez Como a mais bela tribo Dos mais belos Índios Não ser atacado Por ser inocente. Eu quis o perigo E até sangrei sozinho Entenda! Assim pude trazer Você de volta pra mim Quando descobri Que é sempre só você Que me entende Do início ao fim. E é só você que tem A cura pro meu vício De insistir nessa saudade Que eu sinto De tudo que eu ainda não vi. Nos deram espelhos E vimos um mundo doente Tentei chorar e não consegui."

quarta-feira, 26 de março de 2008

Noites insones... banho de chuva!



"Insônia é amiga antiga que me visita nas madrugadas pra falar de saudade."

Depois de algumas noites em claro, tudo fica mais nítido, as coisas fazem sentido novamente. Tudo q eu preciso é de água pra molhar a cabeça e refrescar as idéias... chuva!
É importante se permitir sair um pouco da rotina, quebrar um pouco as regras, tomar um banho de chuva à caminho de casa... à partir de então, tudo vale à pena.
Eu não sei o q virá amanhã, não sei se vou me alegrar ou entristecer, se vou tomar outro banho chuva... amanhã parece tão distante!
Essa pode ser minha última noite de insônia. Achei a cura para todos os males: banho de chuva. Mesmo q amanhã não seja nada disso, q eu ganhe ou perca, q alguém saiba ou q continue meu segredo, mesmo assim, o banho de chuva mudou meu percurso, até então eu não sabia q chuva lava até a alma e a alma fica com um cheiro gostoso, cheiro de liberdade.
Liberdade é caminhar de encontro à chuva, contra o vento, contra o tempo, pegando carona num quadro de biscicleta, de encontro ao q vier, seja lá o q for.
A minha alegria tem a cara da liberdade, mas não é me livrar q eu quero e sim me prender. Eu não sei quando, não sei quais as conseqüências, não sei é de nada, mas aceito uma outra carona noutra noite de chuva, mesmo q seja pra ir a pé.

Cheguei à outra ponta do arco-íris, cadê meu ouro?

terça-feira, 25 de março de 2008

Peças Anatômicas

Eu adoraria não precisar me revoltar com as aulas de anatomia, mas é inevitável, é mais forte do q eu.
É onde os seres se reduzem à sistemas e as pessoas q se foram, à peças anatômicas.
Isso mesmo, aquelas pessoas ali inertes, q provavelmente teriam tanto a dizer se tivessem tido chance, agora não são mais nem pessoas, são apenas "peças anatômicas". No entanto, minha consciência não pesa ao dizer q certamente elas têm mais humanidade do q qualquer um daqueles q as manipulam. Há uma frieza na forma como são tratadas e eu não consigo me acostumar e muito menos agir igual.
De q me vai adiantar saber onde fica o músculo Serrátil Anterior, se ele não vai me ajudar a fazer minhas próprias escolhas para diminuir minha angústia e, assim, eu poder ser uma pessoa mais feliz... muitas pessoas morrem felizes sem saber da existência desse músculo.
Eu posso cair e não saber o nome do ligamento q eu machuquei, isso não vai me atormentar. A lembrança de um ser q viveu, sendo chamado de "peça anatômica", isso sim vai me incomodar por longos dias ainda, pois aprendi q os mortos merecem respeito e, já q são tão úteis servindo para o aprendizado de outras pessoas, não deveriam ser reduzidos à "peças anatômicas".
Posso parecer arcaica por estar tão perplexa com algo tão "bobo", mas se as pessoas vivas se acostumam com a frieza no tratamento para com as pessoas mortas, como se realmente fossem de plástico, então, quem é q está perdendo a humanidade?
Não, a psicologia não é assim, não tem essa cara, nem esses métodos.

Espero q algum dia alguém me convença do porquê de ser tão importante estudar "ciências desumanas" num curso de ciências humanas. Tenho certeza de q o Glúteo Máximo não tem relação alguma com meus Atos Falhos (ou "Atos Certos").

segunda-feira, 24 de março de 2008

São demais os perigos

No lugar onde jaz o amor q eu dei eu já não faço falta, nem sinto a falta.
Eu não entendia por qual motivo eu deveria relembrar minha primeira paixão e ainda escrever sobre ela, se tudo o q eu quis durante muito tempo foi esquecê-la. Então percebi q eu tinha q passar por isso para me dar conta de q tudo passa, até o amor.
Eu não tenho a conta do número de dias q amei e muito menos do número de dias q levei pra esquecer, mas aí a verdade parou bem na minha frente hoje e me mostrou o quanto cresci. Me mostrou o quão dispensáveis são aqueles q antes eu julgava insubstituíveis. Eles próprios se fizeram dispensáveis.
Hoje meu coração novamente bate descompassado, mas acho q é mais pelo medo do q por qualquer outro motivo. Não, eu não estou subestimando o q sinto, apenas não ignoro as conseqüências q qualquer atitude pode vir a me trazer, é daí q sai o medo.

"São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão principalmente..."

Não é difícil me impressionar.
Eu não preciso de poemas bonitos, ou letras de músicas, ou corações desenhados... apenas o silêncio me basta. É no silêncio q eu ouço melhor a respiração, a batida do coração, o murmúrio dos pensamentos, as palavras não ditas e os beijos não dados.
É no silêncio q os olhos conseguem ser ouvidos quando gritam.
Os poetas e cantores q me perdoem, mas não há nada tão perfeito quanto o silêncio para se dizer tudo q é preciso... todo o resto é detalhe.

domingo, 23 de março de 2008

A menina do copo d'água

" Às vezes não entendo o que você quer dizer quando fica calado você sempre soube (eu não sabia) quando a frase acaba o mundo silencia às vezes não entendo onde você quer chegar quando fica parado..."

Quando as palavras se calam por dentro, é porque não há palavra q defina o momento e falar qualquer coisa pode acabar diminuindo a importância q ele realmente tem. Tô precisando arrumar a bagunça aqui dentro e eu tento falar pra dividir essa carga com alguém, mas eu não sei quais palavras escolher pra tentar dizer o q eu sinto. Nunca é muito fácil falar sobre si, muito menos sobre o q se sente.
Normalmente uma pessoa é capaz de falar facilmente o q anda fazendo, mas se tenta falar o q sentiu, as palavras faltam. As palavras sempre são melhores pra falar de ações do q de sentimentos.


"Sem vc a emoção de hj seria pele morta da emoção do passado."

Emoção... eu tinha vontade de abrir meu coração, mas fiquei com medo do quê poderia encontrar lá dentro. Me sinto um pouco "a menina do copo d'água", q se armava de estratégias para adiar ao máximo seu encontro inevitável consigo mesma.
Posso não ter ainda o olhar desfocado, mas o pensamento já voa longe, corre junto com o meu "moço do retrato".
O q seria da minha emoção de hj sem ele? E o q será da minha emoção de amanhãs com ele...?

O que eu quero viver é uma paixão, não uma culpa. Mas ainda vai levar um tempo até eu estar pronta para ser sincera comigo mesma no meu encontro inevitável.

sábado, 22 de março de 2008

Amanhã é 23

Um dia vc acaba descobrindo q é preciso perder algum tempo com escolhas erradas pra aprender como ganhar tempo com as escolhas certas. Isso se estende a tudo, desde escolhas complexas à escolhas simples como em qual rua dobrar q, mesmo parecendo uma escolha boba, pode diminuir vários minutos de caminhada.
Os meu amigos me conhecem, não pela minha cara, nem pelo meu cheiro ou pelo barulho q eu faço quando me aproximo, eles me conhecem é pela vibração no ar. Não sei como explicar sem parecer convecida, mas de repente, sinto vontade de rir, e então, eles sabem q sou eu.
O q embriaga mais: álcool, paixão, ou felicidade?
Quem tiver a resposta exata pode correr o risco de em algum momento ter q entrar em contradição. Eu não entendo o porquê, mas às vezes o silêncio se faz, mesmo com a casa cheia. Talvez esperem q algo d magnifico saia da minha cabeça e preencha os espaços vazios q há dentro de cada um de nós.
Certo é quem não perde seu sono à espera da cura pra qualquer coisa. Certo é quem não perde seu tempo dormindo porque não acredita em cura.
Com o tempo a gente descobre q os vizinhos (aqueles q moram logo ao lado) são as pessoas q vc menos esperava q fossem. E vc então percebe q seus amigos (aqueles q de algum modo são o complemento da sua existência) são pessoas muito mais especiais do q vc quer deixar transparecer quando está com eles e, q mesmo não dizendo isso com muita freqüência, SIM vc os ama! Eu sei por quê eu amo os meus.
Todos os dias a gente ouve por aí os vários problemas alheios (ou não) à nossa realidade e tudo sempre acaba em pizza... mas é ruim quando tudo acaba em pizza? Quem inventou isso não sabe como é legal quando tudo acaba em pizza! Embora eu não possa dizer q foi um "problema" e muito menos q abacou em pizza, eu diria q continuou com vinho (a bebida sagrada). Acabar não acabou, as coisas nunca terminam até terem realmente terminado.

" Sair de casa já é se aventurar..."

Pra quê sair de casa quando em casa vc encontra sua fortaleza?
Por que manter os pés no chão se todo mundo quer voar?

sexta-feira, 21 de março de 2008

Sexta-feira santa, fé e violão

Alguns dias começam cinzentos e tristes quando se está longe de casa e a família liga reclamando a ausência. Descobri q o processo de crescer inclui a saudade, a distância e a quebra de costumes familiares mais antigos do q eu mesma.
Mas não adianta cruzar os braços, fechar os olhos e querer acreditar que nada tá legal, tem um dia inteiro lá fora pra ser vivido e numa sexta-feira da paixão, a gente tem mais é q se apaixonar! Hoje não é permitido se entregar à inércia, aliás, hoje não é permitido uma porção de coisas, mas quem despermitiu essas coisas é q falta saber.
Por mim, a única proibição da vida seria a tristeza, todo o resto deveria ser liberado.
Que pecado há em tocar violão sentada num gramado, bebendo uma destilada e conversando sobre uma porção de coisas, q as pessoas q passam não seriam capazes de entender?
Que pecado há em perder a lucidez e discutir sobre a fé? O único mal q alguém pode fazer nesse caso é a si próprio e à sua própria fé.

"Da janela lateral do quarto de dormir Vejo uma igreja, um sinal de glória Vejo um muro branco e um vôo pássaro Vejo uma grade, um velho sinal..."

Não me arrependo de nada! Coisa boa é sair por aí sem destino, cantando a música q vier à cabeça, deixando a chuva cair e molhar minha cabeça...
Eu é q não vou quebrar minha cabeça com a fé. Quem não tem sabe porque não tem e quem tem, não sabe porque tem, mas é FELIZ!

*Eu quero é ser FELIZ antes de mais nada!






quinta-feira, 20 de março de 2008

O ócio


Todo dia a gente se diz mentalmente tudo o q precisa fazer durante o dia, mas estranhamente não adianta nada, as coisas parecem até ter vontade própria.
Quantas vezes eu me disse "hoje eu vou passar o dia estudando"?
Eu andei refletindo sobre isso durante uma meia hora (tempo em q eu estive trancada num banheiro). Pois foi, me tranquei no banheiro, mas involuntariamente, a fechadura pelo visto é uma dessas coisas q têm vontade própria.
Quantas vezes também a gente se diz mentalmente as coisas q não vai mais fazer? E igualmente, não adianta nada.
Se eu me ouvisse de vez em quando... a gente raramente se ouve né. Eu acredito naquela história antiga de q há sempre nos acompanhando 1 anjinho de um lado e 1 diabinho do outro... por que q o anjinho tem q falar tão baixo hein???? Bem q ele poderia aumentar só um pouquinho o volume, o diabinho fala tão direitim...

A chuva tá caindo lá fora, até parece q o céu sabe q eu não tô com a menor coragem de lavar roupa e tá querendo colaborar.
A internet tá péssima, até parece q sabe q eu não tô com a menor coragem de estudar e tá querendo atrapalhar.

*Qualquer hora dessas eu compro um microfone pro meu anjinho...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Quarta-feira santa, SANTÍSSIMA!



Felicidade? Pois é, tem 5 sílabas e 10 letras, mas é só isso q ela tem?

Eu acho q ela é tudo aquilo q a gente sente e é bom demais pra gente conseguir nomear.
Como é mesmo o nome da palavrinha q a gente usa pra dizer o q sente quando reencontr
a alguém muito querido depois de um tempo?



E amizade? Quando que a gente sabe q a tem sinceramente? Não sei dizer com certeza, eu simplesmente sei.
Ela vem na forma daquela pessoa que te cuida quando vc tá doente, q te ajuda nas tarefas domésticas mais chatas e as transforma em programa divertidíssimo e q não pede nada em troca, só tem algos a oferecer, mas nada a pedir.
Como é q se agradece carinho? Só me ensinaram q não se agradece carinho, se tem é porque merece, mas será q eu mereço? Como é q eu posso saber disso...
Só sei q estou feliz, mesmo longe de casa, mesmo sem ver minha família em plena semana santa (pela primeira vez na vida), me sinto em casa e entre os meus. É estranho, mas aqui já não é mais seco e triste, agora chove, e mesmo com o frio, há calor humano, coisa q antes não tinha nem no auge do verão.
Amizade? Pois é, aquela palavrinha de 4 sílabas e 7 letras e q tem muito mais do q isso embutido em seu nome... eu sei q nomes ela tem hoje e os significados deles todos no meu dia.
"Viver o momento", por que não? Não é privilégio apenas dos estetas, é privilégio também de quem tem bons amigos.
Eu tenho! Eu posso dizer isso com toda a certeza q eu tiver sem medo de me arrepender mais tarde.


*Os éticos q me perdoem, mas não há nada como O MOMENTO.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sistema articular..

Afinal de contas, o q eu tenho a ver com a articulação dos defuntos? Se eu quisesse estudar cadáveres provavelmente teria escolhido medicina e não psicologia. Eu vejo aqueles seres e me pergunto o que temos em comum... a anatomia diga o que quiser, mas não temos mais nada em comum.
Como seres desprovidos de qualquer subjetividade pode me ajudar no caminho que eu estou tentando traçar? Se ao menos pudéssemos compartilhar nossas histórias, saber um pouco mais um do outro... o máximo que vou saber sobre eles é o quão desnecessários eles me são agora, e eles, nem isso saberão sobre mim. Ainda não consegui entender porque estudar tanta anatomia, se aquilo que irá me tocar nas pessoas não pode ser visto, nem nomeado e, muitas vezes, nem explicado, apenas sentido.
Quando eu morrer, me enterrem! não quero que as pessoas me olhem e tenham esses mesmos pensamentos que eu tive com aqueles cadáveres. Sabe Deus pelo quê passaram, quantas vezes choraram ou sorriram, se amaram ou foram amados. Agora não sabem mais nem que têm um cheiro insuportável de formol e que seu interior, coisa que eles próprios podem ter morrido sem conhecer, agora é conhecido por completos estranhos.


*E sigo sem compreender o que a articulação cartilaginosa do pé tem a ver com a angústia de tantas possibilidades e apenas uma escolha.