sábado, 31 de maio de 2008

Cuida de mim...


"Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.

Busquei quem sou
Voce, pra mim, mostrou
Que eu não estou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo."

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Hard sun

"There's a big............................................... "Há um grande
There's a big hard sun ................................ Há um grande sol difícil

Beating on the big people........................... Batendo nas pessoas grandes

In the big hard world..."............................ No grand
e mundo difícil..."



terça-feira, 27 de maio de 2008

A ti, que me faz falta

Chove agora...

O silêncio e o escuro tentam me convencer

Que a distância e a saudade são maiores e mais fortes

Do que toda a nossa história,

Mas ninguém sabe que não há nada mais forte

Que lembranças bem guardadas!

Tudo o que é verdadeiro deve ser escrito,

Pois as palavras ficam marcadas

Diferente de quando se fala

E tudo se dispersa no ar

Como se nunca tivesse existido.

É difícil explicar o que sinto

E mais difícil ainda é para alguém entender

Se não esteve lá vivendo, sentindo,

Passando por tudo o que passamos

Chegando até aqui e descobrindo

Que melhor que ter um amigo é ser um!

Então, não há distância muito longa,

Nem saudade muito forte,

Afinal, para quê os anjos servem?

Eles são os amigos que nos são enviados

Para ensinar e aprender que verdadeiro mesmo

Só é se ficar escrito nas mais simples recordações.

Com o tempo você se acostuma com a idéia

De não ter todos os que ama por perto

E é aí que você aprende a levá-los com você, em seu coração.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Momento egocêntrico

Já cansei dessa saudade constante

De todos que eu sei que não vou poder ter sempre por perto

Não foi bem isso que, quando criança,

Eu imaginei que sentiria quando crescesse...

Eu imaginava o que fazer no dia seguinte, na semana seguinte

Até mesmo no ano seguinte,

Mas nunca havia pensado em como seria realmente

Quando tudo tivesse passado;

Não estava preparada para viver deixando sempre pra trás

Aqueles que fizeram parte da minha história,

Com quem eu dividi muito mais do que momentos, dividi a mim mesma

Cansei de despedidas! Não preciso mais delas.

Eu não sabia que crescer seria assim

E sinceramente não tô gostando nada

Ainda sou criança demais pra já não ser mais tão criança...

Chega uma hora em que qualquer um

Cansa de ser a pessoa que todo mundo vê

E passa a ser simplesmente a pessoa que é

Infelizmente alguns não estão prontos

Para conhecer o verdadeiro “eu” de quem amam;

Há tempos sou apenas a pessoa que sou

Tem sido mais fácil, mas nem por isso melhor.

Sou alegre, mas não necessariamente feliz

Ultimamente, nem alegre, eu acho.

Talvez eu ande mais feliz do que alegre

Ou talvez, mais confusa do que feliz e alegre.

Eu queria respostas e não perguntas novas

Eu queria ser lembrada, mas por pouco tempo,

Não por tempo o suficiente pra saudade vir e fazer seu estrago.

Gosto de saber que pensaram em mim

Que lembraram de alguma bobagem que eu disse na hora errada

Gosto de saber que um sorriso, mesmo que de leve,

Apareceu nos lábios de um amigo

Enquanto ele lembrava algo que viveu comigo

Gosto de saber que contribuí, mesmo que só um pouco,

Com a alegria de alguém,

Mas detesto quando alguém fica mal e eu sou responsável por isso

Acabo me sentindo mal por isso

Aliás, detesto saber que meus amigos estão mal

Mesmo que não seja minha culpa.

Todos os dias temos inúmeras escolhas a fazer

Pode ser que as que eu fizer daqui pra frente

Deixem algumas pessoas, de quem gosto, tristes e eu vou detestar isso

Não espero (nem quero) que me entendam

Chega uma hora em que a vida de todo mundo

Deixa de ser um livro aberto

E eu não tenho nenhuma maturidade

Pra tá expondo tanto as besteiras que eu faço.

Vai chegar o dia em que aqueles que me temem

Já não precisaram mais disso;

Vai chegar o dia em que meus inimigos não terão mais

O prazer da batalha, eles terão vencido

E isso não lhes trará alegrias, apenas remorso;

Vai chegar o dia em que não importará mais quem eu realmente amei

Porque, apesar de tudo, eu amei ter passado pela vida de cada pessoa

E ter permanecido em algumas;

Vai chegar o dia... e não falta muito!

Já tô cheia demais de remendos

De tanto que eu já me quebrei e de tanto que já me quebraram.

Não quero mais remendos nem conserto

Quero começar do zero

Ou então, parar por aqui mesmo,

Se bem que ainda há muito pela frente

Pra eu já está pensando em parar.

Ultimamente meu lugar tem sido lugar nenhum

Parece que em todos os lugares

O vazio que eu costumava deixar foi preenchido

E agora eu estou sobrando...

Agora, nesse exato momento, parei um pouco

Refleti sobre minha vida e a vi tão frágil e pequena

Capaz de perecer a qualquer momento se eu quisesse

Ou mesmo contra minha vontade,

Quantos sentiriam minha falta?

Quantos sentirão?

Quantos já estão sentindo?

Eu nunca vou saber, Mas eles também não saberão

Por quanto tempo ainda sentirão minha ausência

Até poderem me ver de novo, ou simplesmente

Até me esquecerem.

Agora meus olhos pesam

Talvez minha pressão tenha baixado novamente

Ou talvez seja apenas hora de descansar

Esquecer um pouco a gravidade

E fugir do peso da responsabilidade,

Amanhã é um novo dia e é preciso força e coragem,

Mesmo que seja para não vivê-lo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Carta...

Aqui hoje é 7 de maio, como será q andam as coisas por aí... os dias passam de mês em mês.

Eu me mudei de casa, você não soube disso, nem das outras coisas, dos amigos q se foram, de outros q tiveram filhos. Já faz tempo q eu me perdi de você.

Tenho guardado pra te dar cartas q eu escrevo e nunca mando. Vou contando meus dias por contar e deixando-as em qualquer canto, só fazendo monte, ficando velhas e não significando mais nada.

Vi por aí muitas pessoas, q fizeram parte da nossa história, tropeçando pela vida. Guardei cenas e lugares q um dia eu queria mostrar pra você, mas foram esquecidos.

Me pego pensando em como deve ser sua casa, seus amigos, sua vida em q eu já não existo. Tento imaginar como é agora com quem você se deita e quem te dá abrigo... eu me lembro q eu já contei com você!

Eu olho pra gaveta, as pilhas de envelopes já não cabem nos armários, estão tomando meu espaço, fazendo montes pela casa. Hoje são os meus pedaços de um passado mal guardado, são o q me protegem de um futuro sem boas histórias e eu me pego sentindo saudade de tudo o q já não somos mais.


PS: Por favor, não me escreva aquela carta de amor.

terça-feira, 6 de maio de 2008

No balanço da rede

Quando a gente cresce e passa daquela fase em q os problemas são resolvíveis, a gente costuma achar q todas as coisas eram bem mais simples, bem mais bobas do q realmente eram.
Os mais religiosos costumam dizer q Deus nunca nos dá uma cruz mais pesada do q somos capazes de carregar, mas na verdade, a cruz só é leve quando é nos ombros dos outros.
Eu tenho saudade de quando eu cabia num colo e um abraço era suficiente pra me preencher por completa... tenho saudade de como sempre tinha alguém pra amarrar os cadarços do meu tênis, passar um remedinho no meu "dodói" e me dá um pirulito pra eu parar de chorar.
Parece frase de livro de auto-ajuda falar q não há tempo melhor do q o presente e o q passou não faz falta nenhuma, porque a hora de ser feliz é essa... eu sinto falta das coisas q passaram e não vão voltar.
Sinto saudade daquele natal quando tudo o q me fazia mais feliz era chaqualhar as caixinhas vazias q enfeitavam a árvore, só pra descobrir se tinha alguma coisa dentro. Eu sinto falta daquele balanço da rede, acompanhando uma canção de niná, até q eu finalmente durmisse em paz e deixasse papai e mamãe durmirem em paz também.
Hoje sou só alguém passando... eu sou aquela pessoa sentada ao lado da janela no ônibus, com mil coisas na cabeça, até q o sono consiga me vencer, sem canção de niná, mas com um balanço bem parecido com o da rede: o balanço de quem está indo, mas vai voltar e não vai permanecer.
Hoje sou só alguém q vai não sei pra onde, procurar por não sei o quê e, quando encontra, larga pra procurar por alguma outra coisa q também não sei o q é, por onde não sei ainda.
Me disseram q isso é mobilidade, eu acho q pode até ser, mas eu prefiro acreditar q é aquele balanço da rede, q continua me balançando todos os dias, mesmo quando a rede não está armada, mesmo quando não há armador.
Eu sinto saudade daquela mão q balançava minha rede, eu ando por aí procurando-a, mas eu sei q não vou encontrá-la por aí, numa beira de estrada, tirando fotos, ou esperando carona. Minha rede agora balança sem mão alguma, só com um esboço de vento e meus pés batendo no chão.
Eu prefiro acreditar nesse balanço da rede, q vinha junto da canção, q não parava até q eu realmente estivesse em paz, q ainda hoje embala meu sono e guarda meus sonhos.



"Esteja você onde estiver, resista bravamente ao que já não somos mais..."

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Olhos vermelhos


"Os velhos olhos vermelhos voltaram
Dessa vez

Com o mundo nas costas

E a cidade nos pés


Pra que sofrer se nada é pra sempre?

Pra que correr, se nunca me vejo de frente

Parei de pensar e comecei a sentir

Nada como um dia após dia

Uma noite, um mês

Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez


Os velhos olhos vermelhos enganam

Sem querer

Parecem claros, frios, distantes

Não têm nada a perder

Por que se preocupar por tão pouco?

Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?


Parei de pensar e comecei a sentir

Nada como um dia após dia

Uma noite, um mês

Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez!"

domingo, 4 de maio de 2008

Guarda-roupa

Eu abro as portas, deixo o ar entrar... eu consigo ouvir os fios de algodão de cada peça de roupa suspirar aliviado. Toda liberdade tem seu preço, mas qualquer preço é barato demais pra sentir a vida entrando pelos pulmões e, à partir daí, poder acreditar sem medo q nem mesmo o céu é o limite!
Depois de uma semivida, vazia, obscura e inútil, agora finalmente a liberdade chegou. Veio em forma de um pedaço de raiz queimada, conhecida originalmente por Érika, mas batizada popularmente de carvão.
Não, o carvão não serve apenas pra queimar, para arder, ser consumido, depois virar um monte de cinzas q, eventualmente, o vento levará... ele serve também como chave para a libertação, dependendo do q signifique essa libetarção.
O guarda-roupa agora sorri, tenho certeza! Vida nova pra ele agora, seus dias de abandono, solidão e vazio chegaram ao fim e nem mesmo a chuva pode estragar esse momento de renovação, não há mais porque temê-la ou odiá-la, só eu tenho esse direito, uma vez q vou ter q lavar novamente cada uma das roupas q a chuva não deixou secar.
Mas não há porque pensar nisso agora, as coisas estão voltando aos seus devidos lugares, o ambiente se tornou habitável de novo. Tudo o q servir exclusivamente pra ocupar espaço, terá q partir, abrir espaço para o novo, para as coisas realmente úteis.
As coisas parecem estar voltando ao normal, isso é o mais anormal. Mas o q eu esperava? Encontrar dentro do guarda-roupa um receita milagrosa pra seguir em frente?
Eu não acredito q tal receita exista e, mesmo q ela exista e alguém a conheça, não creio q ela chegue até mim e, mesmo q ela chegue até mim, não creio q chegue à tempo. As informação têm um estranho hábito de demorar um certo tempo à mais até conseguirem me encontrar. Por isso, mesmo q essa receita exista, eu já estarei bem mais à frente quando ela me encontrar.

Eu tenho sorte, sim, tenho muita sorte! Eu posso rir sozinha durante horas depois de me impanzinar com qualquer coisa, eu consigo me sentir feliz e achar q cheguei à porta do paraíso, apenas por isso.
É, eu tenho sorte, tenho uma pistola de cola quente, tenho um travesseiro mofado, tenho uma biscicleta com pneu seco, tenho um violão desafinado, tenho roupas molhadas no varal, tenho uma sandália com o salto quebrado, tenho uma tv q não pega canal nenhum... eu tenho um guarda-roupa! Tenho muita sorte, pois mesmo com cada uma de suas imperfeições, essas coisas, são as coisas q eu tenho e não há nada mais perfeito q isso.
Não me importa se os cabides não forem suficientes, sempre haverá um espacinho sobrando em alguma gaveta e, na falta do ferro de passar, eu passo a mão, sento em cima, qualquer coisa do tipo e tenho certeza de q, mesmo o efeito não sendo o mesmo, a intensão não poderia ter sido melhor. Andar por aí amarrotada, sem ligar para o q vai parecer... isso também é liberdade! Já perdemos tempo demais brincando de perfeição
Agora eu posso fechar a porta do guarda-roupa tranquila, ele agora tem um parceiro pra lhe ajudar na luta contra o mofo e não mais perecerá. É, ele está livre, nós estamos livres! Há muita sorte nisso, não é difícil perceber.
Então, todo trabalho valeu à pena. Quem não concorda q tudo valeu à pena, é porque com certeza não chegou até aqui!


"Liberdade é escolher a sua própria prisão."

sábado, 3 de maio de 2008

Empty

"...Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide..."

Tem dias q a saudade aperta um pouco mais e nem dormir adianta muita coisa, porque até os sonhos conspiram pra aumentar a ausência.
Se houvesse espaço no meu sofá, eu diria q a saudade dormiu lá hoje, pra me vigiar, pra ter certeza de q eu a sentiria bem próxima, bem presente. Então, eu senti, mas senti também a sensação de q ela não veio sozinha.
Antes eu tinha dúvidas sobre qual opção escolher, agora não. Agora já não consigo mais nem enxergar as opções, quanto mais escolher alguma.
Me sinto sozinha. Não q eu esteja realmente sozinha, eu tenho pessoas q se importam e com quem me importo, mas agora, nesse exato momento, eu me sinto só... mas quem é q nunca se sentiu assim? Procurando um caminho pra seguir, uma direção, respostas.
Eu tenho escrito menos, é verdade, mas é q cada vez mais as palavras têm sido insuficientes. Elas têm dito tão pouco daquilo q eu realmente gostaria, elas entendem tão pouco aquilo q eu realmente sinto.
Meus sonhos de repente parecem tão vazios. Se meu coração pudesse me mandar emails, ele mandaria um mais ou menos assim:

"EMPTY!"





"Ei, ei mãe, por mais q a gente cresça
Há sempre alguma coisa
Que a gente não consegue entender
Por isso mãe, só me acorde quando o sol tiver se posto
Eu não quero ver meu rosto
Antes de anoitecer..."

Adeus baú tesouro!

"Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante..."


Minha palheta voltou pra casa.
Então eu pensei q poderia ter tudo o q eu quisesse de volta, até me dar conta de q certas coisas não foram perdidas, mas sim deixadas.
Eu guardei um tesouro q não era meu, mas q me acompanhou por tanto tempo q eu acabei esquecendo disso. Eu tentei esquecer q havia deixado o tesouro pra trás, pra q seu dono encontrasse, e acabei percebendo q a parte mais difícil não é deixar pra trás, mas sim ver o dono o encontrando e levando consigo.
Eu me sinto voltando ao início da estrada, correndo por aí à procura do meu arco-íris, ganhando tesouros q não posso aceitar, esperando q o meu apareça logo.
Dizem q achado não é roubado. Uma vez q fui eu q achei e, q até então, eu desconhecia quem fosse o dono, eu não precisava ter deixado o tesouro alheio no meio do caminho, eu poderia tê-lo tornado meu.
Agora só o q eu quero é roubá-lo pra mim.
O mais triste da partida é quando quem parte não quer ir e quem fica não tá pronto pra ficar sem a companhia de quem parte.
Deixei pra trás o baú vazio, agora sinto falta de todo aquele espaço pra guardar minhas ilusões.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Palhetas perdidas


Meus dedos já não são suficientes pra contar quantas palhetas deixei perdidas ao longo dos caminhos q percorri com o violão na mão, procurando uma sombra fria onde eu pudesse me sentar e tocar as canções q já me acompanham estrada afora.
Palhetas... coisinhas fáceis de se perderem da gente e q fazem uma falta danada, principalmente aquelas com as quais se forma todo um vínculo sentimental, por sua história, como ela chegou até aqui, quem deu, como foi encontrada... pra mim, são semelhantes às pessoas realmente queridas q passaram pela minha história, mas só ficaram durante uma canção, depois passaram sem q eu tivesse tempo de pedir bis.
Boas palhetas são como aqueles bons amigos q eu quero ter sempre por perto e não quero perder nunca! Os quero comigo não apenas por uma música, mas durante toda a jornada, em qualquer lugar onde eu parar pra tocar uma, ou onde me pararem pra tocar uma.
Os amigos... coisinhas fáceis de se perderem da gente e q fazem uma falta danada. Os bons nunca se perdem, sempre estão por aí quando se precisa de qualquer coisa, os mais queridos, estão sempre presentes, mesmo q ausentes. Pena q com as palhetas não é assim, as mais queridas e as boas são as primeiras e se perderem e raramente voltam.
Os amigos queridos eu guardo em um lugar especial no meu coração, as pelhetas mais queridas, eu guardo num lugar especial nas minhas coisas... mesmo assim, mais cedo ou mais tarde, ambos acabam seguindo em frente independente de mim.
Sinto falta das palhetas e amigos q não estão comigo quando preciso. Me perdoem os amigos q se ofederem pela analogia às palhetas, mas dentro do mundo material, a única coisa q eu achei para conseguir equiparar o valor, foi uma coisinha tão inperceptível, tão útil e tão importante na minha vida como ninguém consegue entender.
É como ir a um lugar encontrar aquela pessoa querida e ela não está lá, é assim q me sinto quando estou com o violão no colo, pronta para a primeira música, coloco a mão no bolso e descubro q mais uma palheta me deixou.
E é por achar q tantas pessoas na vida da gente são essas "coisinhas pequenas" tão dispensáveis, q elas se vão e a gente não se dá conta, até q em algum momento, precisamos delas e é, ao "colocar a mão no bolso", q descobrimos q as perdemos e quanta falta elas são capazes de nos fazer sentir.

Eu daria meu violão pra ter de volta todas as palhetas q se foram.
Alguém pode pensar q não adianta nada encontrar todas as palhetas perdidas se não tiver mais o violão, mas não é bem assim.
Cada palheta tem um pedaço daquela música q fez parte daquele pedaço da minha vida q eu deixei de tocar. Vai chegar uma hora em q não vai mais adiantar ter o violão me acompanhando se eu já tiver perdido todos os pedaços de música de partes da minha vida e então, eu e ele nos tornaremos velhos companheiros de estrada silenciados durante o trajeto, por não descobrir a tempo q as nossas "coisinhas pequenas" é q faziam toda a diferença na hora de tocar aquela canção q o momento precisava.
Eu daria meu violão pra ter de volta todos aqueles bons amigos q se foram.