quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

É natal, mas que desculpa perfeita!



O sol ainda nem deu as caras, mas ruas já estão todas iluminadas, se não pelas milhares de luzes piscando, mas pelo brilho próprio que o dia já traz consigo mesmo antes de amanhecer. Ou talvez o brilho seja nos meus olhos...
Eu ainda não sei por quais motivos amar um lugar que, nem sequer, guardou lugar pra mim, pra quando eu voltasse. Ainda assim, não existe qualquer outro lugar onde eu gostaria mais de estar nesse momento.
E até quem me vir passando pela rua hoje, saberá que a felicidade que exibo tão despretenciosamente é verdadeira.
Sim, é natal, mas mais do que isso, os que eu amo vão me ver hoje e saberão quanta saudade eu senti e que presente valioso pra mim é poder estarmos todos juntos.
Eu não gosto do natal, devo confessar. Mas não há nada que eu goste mais do que a desculpa do natal para reunir as pessoas e fazer tudo parecer perfeito e bonito.
Hoje eu tenho uma boa desculpa para perdoar os que me magoaram, mas que mesmo assim ainda amo, mesmo que não saibam.

E que venha a ceia.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sempre falta uma palavra...

Sabe o q eu acho foda?

Foda é quando aquele vizinho ali do lado traz todos os ingredientes pra farofa, perde um tempão preparando ela e depois vai embora sem comer...

Foda é quando aquela amigona, aquela mesma que ficou horas ao meu lado numa emergência de hospital, some e eu não sei mais se meu eu ta agindo certo, porque não tenho mais o eu dela pra guiar...

Foda é aquele ex-namorado de 500 mil anos atrás aparecer quando o namorado de 30 dias atrás ta muito bem, obrigada...

Foda é essas férias que demoram o ano todo pra chegar e duram apenas um mês...

Pior é saber que existem relatórios finais, notas finais, provas finais... tudo que é final e que deveria não ser! Porque final mesmo na vida, só a morte, mas ninguém fala nela, porque a gente sempre tem essa ilusão de eternidade.

Eu queria sonhos que não acabassem quando eu acordasse e que não fossem sintomas de um tal de inconsciente que eu nem sei que existe.

Eu queria paz 10 meses por ano e o resto nos outros 2 meses que sobraram...

Eu queria que cair não fosse motivo de dor, de vergonha, de riso... fosse apenas mais uma dessas coisas que a gente é obrigado a enfrentar na vida constantemente, só que comigo acontece com tanta freqüência que, ao menos esse querer meu, é querer demais!

Eu queria que as frases que leio por aí não fossem tão clichês, não dissessem tantas coisas já ditas... eu queria coisas novas, mas todo mundo anda tão cansado que ta mais fácil dizer o que já foi dito do que pensar em coisas novas.

Foda é não saber o quanto a vida dura, temos que fingir ser bonzinhos todos os dias pro céu nos aceitar quando chegar a hora.

Foda é não saber se existe céu mesmo, principalmente quando a tentação vence.

Foda é precisar de mais álcool do que vivência pra fazer poesia e saber que os maiores poetas morreram de overdose e AIDS...

Eu queria um pouco de verdade no meio de tanta informação ‘real’ que o mundo me empurra retina à dentro todo dia.




domingo, 22 de novembro de 2009

Aquele silêncio em um minuto...

Um minuto de silêncio...

Não quero correr o risco de perder mais palavras

Nenhuma além daquelas que já perdi

E não adianta tentar encontrá-las olhando para o teto

Elas não vão estar entre as teias de aranha

E o que eu quero encontrar de mim também não estará lá.

Escrever não vai trazer de volta a inspiração que já não tenho,

Mas por algum motivo hoje eu me sentei pra escrever...

Eu adoraria vê-lo agora, antes que mais uma semana se passasse,

Antes que mais um ano se passasse e antes que nós passássemos

Apesar de saber que já passamos, somos outros agora

Ainda assim, queria vê-lo, queria sonhos reais

Nos quais nos daríamos as mãos... será?

Confesso, o tempo mexeu com a gente um bocado!

Quem é que, vendo hoje, diz que eu e você já fomos “nós”?

Em um minuto de silêncio, a parede à minha frente

Grita aquelas velhas lembranças... aquelas lá, lembra?

Eu lembro...

Que volte os sons então.

terça-feira, 27 de outubro de 2009



Tenho milhares de vidas q parecem não querer se encontrar em lugar algum...


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

É nova manhã...




... e o claro do dia vem engolindo a noite assim como o escuro dela fez há algumas horas atrás.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Varal




"Nada fica firme por muito tempo, as roupas não secam, somem, voam sei lá pra onde... eu já nem sei o q vestir mais quando me convidam, por isso não aceito, mas fico em casa com satisfação..." (TM)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O menino que eu conheci e a menina com flor no cabelo


Eu conheci um menino de olhar penetrante
Que era capaz de iluminar o mundo inteiro com apenas um sorriso
Eu conheci esse menino que entoava canções de perfeita harmonia
Com o simples ritmo das batidas de seu coração.
Esse menino que conheci brincava com o vento
E se inebriava de alegria com a água da chuva
E, quando olhava o céu durante o dia,
O brilho de seus olhos se confundia com o do sol.
Eu conheci um menino que sentava no chão de terra e andava descalço
E andava por trilhas pra tomar banho de cachoeira
E fechava os olhos pra sentir o perfume das rosas
E deixava que a brisa penteasse seus cabelos.
Esse menino que conheci não tinha medo da noite
E podia passar horas só contando estrelas,
E ele olhava pela janela lateral do quarto de dormir
Para ver a menina com flor no cabelo que passava pela sua rua...
Há tempos já não vejo o menino que conheci
Soube que agora ele é um homem
E conseguiu ficar junto da menina com flor no cabelo
Que também não é mais uma menina
Agora ela é a mulher com flor no cabelo
E eles agora têm sua própria janela
Por onde vão ver crescer a menina do laço de fita
Ou talvez o menino do boné vermelho.
E então o homem que eu não conheci e a mulher com flor no cabelo
Irão cantar as canções de ninar que aprenderam
Bem antes dele ser o menino que eu conheci
E da menina com flor no cabelo ter uma flor no cabelo
E irão contar histórias dos dias depois de amanhã
E terão suas pegadas nessa vida marcadas em cimento
Diferente de quando elas ficavam na areia só até a maré levar
E usarão lápis colorido para pintar o que hoje ainda não tem cor...

terça-feira, 9 de junho de 2009




Ando cansada dessa falsa perfeição

com a qual todo mundo se maqueia

diariamente...

terça-feira, 26 de maio de 2009


"Roubaram do chão meus pés
Agora só me resta flutuar..."

Eu q não sei nada sobre o tempo

É quando realmente perco a hora q vejo quanto tempo passou. Eu q não sei nada sobre o movimento do tempo, passei a contar meus dias como se fossem horas. Hoje já nem sei mais dizer quantas horas se passaram.
Eu vejo um novo tempo chegando, vem vestido de inocente menino q se adianta à hora marcada e traz de presente um sorriso nos lábios. Se eu soubesse as palavras certas para recebê-lo como deveria, eu ficaria em silêncio para não trair o momento. As palavras tendem a simplificar demais as coisas e tudo o que eu não queria era que parecesse simples.

Meu coração agora ensaia uma nova batida, ainda não sei exatamente q ritmo ele quer entoar, algo entre um rock, um samba e um jazz, mas sei q será qualquer ritmo q acompanhe o tic-tac dessa nova hora q é chegada.


"And so it is,

just like you said it would be

life goes easy on me

most of the time...

I can't take my eyes of you..."


Eu q não sei nada sobre o tempo, peço aos céus q me perdoem daqui pra frente se meus momentos de loucura se sobressaírem aos sãos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Antes de Abril chegar




É cansativo fingir ser forte todos os dias
Abrir os olhos de manhã já tem demandado
Todas as forças que eu não tenho
Levantar da cama então parece exigir um esforço sobre-humano.
Hoje, quando o sol nasceu pela última vez neste março
Um par de olhos não pôde mais se abrir para encontrar com a luz do novo dia
Foi a liberdade cobrando seu preço para se deixar alcançar.
Enquanto reúno as forças que especialmente hoje não tenho
Para me levantar e seguir com o meu dia
Me pergunto para que lugar se mudou todas as lembranças
Que antes habitavam a cabeça daquele corpo agora inerte
Alguém se incomodaria caso elas continuassem morando
Nos cômodos agora vazios da casa deserta?
Eu não consigo mais apagar a luz à noite
Tenho medo de encarar no escuro o vazio que me preenche
Já me parece o bastante ter que encontrar um espaço aqui
Para muitas das lembranças desabrigadas que eram minhas também
E agora chegam aos montes me cobrando um cômodo para se instalarem...
Eu teria dado uma parte de mim pra não ter que sentir o vazio
Que todas essas lembranças estão trazendo consigo.
Por isso, volto a dormir o resto do dia
Não para fugir da vida lá fora ou esquecer o que me incomoda,
Mas para sonhar que agora as minhas andorinhas voam juntas por aí
E quando o sol se for nesse último dia de março
Elas não precisarão mais seguir por caminhos diferentes,
Pois não precisam mais fingir terem uma força que não têm,
Não precisam mais de força alguma
O peso de suas dores elas deixaram
Para os que ainda não podem ser levados pelo vento.
(Escrito em 31 d março)