sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Janeiro então... mais um por sinal!

É angustiante as formas que me levam a perceber
Que você já não existe mais em lugar algum
Não anda mais nas ruas por onde caminhávamos juntos
Não vive mais na casa que guarda nossas memórias
Não sai mais com os amigos com os quais ríamos sempre
Já não passeia pelas minhas memórias dos últimos anos
E não se esconde em nenhum lugar aqui dentro de mim.
Às vezes eu tento lembrar seu rosto,
Mas só me vem à memória o de um menino
Que há muito tempo desapareceu e, nem sequer,
Deixou um bilhete de despedida ou um rastro
A ser seguido quando a saudade vencesse.
O vazio que me preenche agora não é mais de saudade
É o de não saber como é o rosto agora
Daquele menino que eu vi sumir e se transformar
Em um homem como outro qualquer que anda por aí,
Tão decepcionantemente comum...
Eu que pensava que nossas histórias sempre teriam outros capítulos
Já não consigo mais imaginar uma única cena
Na qual você pudesse entrar ainda
Acho que seu papel foi preenchido pela varanda vazia,
E o único que me beija agora é o sopro suave do vento
E só quem me abraça é a luz suave do dia que chega
E você não está mais aqui, na verdade,
Não sei se já esteve realmente.
De toda forma, queria conhecer sua nova face
E dar a imagem do seu rosto
Ao vazio que agora me ocupa.

Nenhum comentário: