sábado, 27 de novembro de 2010

Novembro vazio

Hoje abri cortinas e janelas

Deixei toda a realidade de fora entrar

Deixei a solidão doer o quanto ela quisesse

Me deixei quebrar, pensando que saberia me colar de volta

Mas perdi alguns cacos na bagunça do quarto

Agora só me resta olhar pela porta de vidro à minha frente

Há uma construção lá fora

Há uma desconstrução aqui dentro

Vejo bagunça por toda parte, por dentro e por fora

Não consigo sentir mais nada... saturei

Não importa quantas pessoas estejam por aí agora

Eu não quero mais o sentir delas

Eu só queria ter lágrimas

Mas já gastei todas elas

Não tenho mais lágrimas

Não sinto mais medo

Não sinto mais nada.

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