terça-feira, 25 de março de 2008

Peças Anatômicas

Eu adoraria não precisar me revoltar com as aulas de anatomia, mas é inevitável, é mais forte do q eu.
É onde os seres se reduzem à sistemas e as pessoas q se foram, à peças anatômicas.
Isso mesmo, aquelas pessoas ali inertes, q provavelmente teriam tanto a dizer se tivessem tido chance, agora não são mais nem pessoas, são apenas "peças anatômicas". No entanto, minha consciência não pesa ao dizer q certamente elas têm mais humanidade do q qualquer um daqueles q as manipulam. Há uma frieza na forma como são tratadas e eu não consigo me acostumar e muito menos agir igual.
De q me vai adiantar saber onde fica o músculo Serrátil Anterior, se ele não vai me ajudar a fazer minhas próprias escolhas para diminuir minha angústia e, assim, eu poder ser uma pessoa mais feliz... muitas pessoas morrem felizes sem saber da existência desse músculo.
Eu posso cair e não saber o nome do ligamento q eu machuquei, isso não vai me atormentar. A lembrança de um ser q viveu, sendo chamado de "peça anatômica", isso sim vai me incomodar por longos dias ainda, pois aprendi q os mortos merecem respeito e, já q são tão úteis servindo para o aprendizado de outras pessoas, não deveriam ser reduzidos à "peças anatômicas".
Posso parecer arcaica por estar tão perplexa com algo tão "bobo", mas se as pessoas vivas se acostumam com a frieza no tratamento para com as pessoas mortas, como se realmente fossem de plástico, então, quem é q está perdendo a humanidade?
Não, a psicologia não é assim, não tem essa cara, nem esses métodos.

Espero q algum dia alguém me convença do porquê de ser tão importante estudar "ciências desumanas" num curso de ciências humanas. Tenho certeza de q o Glúteo Máximo não tem relação alguma com meus Atos Falhos (ou "Atos Certos").

Um comentário:

Unknown disse...

vc é gay nao é´´e??? bichinha!!