domingo, 20 de abril de 2008

Em casa...

"Que saudade agora me aguardem,
Chegaram as tardes de sol a pino,
Pelas ruas, flores e amigos,
Me encontram vestindo meu melhor sorriso,
Eu passei um tempo andando no escuro,
Procurando não achar as respostas,
Eu era a causa e a saída de tudo,
E eu cavei como um túnel meu caminho de volta.
Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno a vida em cores,
Me espera amor nossa temporada das flores.
Eu te trago um milhão de presentes,
Que eu achava que já tinha perdido,
Mas estavam na mesma gaveta,
Que o calor das pessoas e o amor pela vida...
Me espera estou chegando com fome,
Preparando o campo e a alma pra as flores,
E quando ouvir alguém falar no meu nome,
Eu te juro que pode acreditar nos rumores.
Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno a vida em cores,
Me espera amor nossa temporada das flores..."

Eu saio pela casa juntando os pedaços de mim q ficaram espalhados, mas não para levá-los embora (ainda), apenas para saber quantos deles ainda são verdadeiramente meus.
Não sei quanto sobrou de mim entre essas paredes, eu olho para o teto esperando q algumas respostas caiam de lá a qualquer momento, mas aí o tempo passa depressa demais e nada acontece.
Eu sinto minha ausência presente em cada centímetro cúbico daqui, eu posso ouvir ela gritando pelo corredor, tentando me fazer ficar mais tempo, mas o tempo passa depressa demais.
Pelas ruas já não há mais quase nada q me faça ficar. Meus amigos cresceram, seguiram em frente, só eu é q pareço ainda meio criança perdida no meio de todas as histórias q ainda passam bem aqui diante dos meu olhos enquanto caminho sem saber direito pra onde ir.
Eu procuro me livrar do morfo, não só o das minhas roupas, o do meu guarda-roupas, o do quarto, do colchão da cama... eu tô tentando é não morfar também. Mesmo com tudo o q parece ter mudado, as pessoas continuam tão as mesmas q já devem ter morfado e é isso q eu não quero q aconteça comigo.
Eu percebi o quanto eu já não faço falta e quanto já não sinto falta. As pessoas conseguiram entrar e sair de suas próprias confusões sem a minha "ajuda" dessa vez. Eu deveria está arrasada por não notarem mais a minha falta, mas me trouxe uma imensa felicidade saber q eu já não sou mais responsável pelos dissabores da vida alheia.
Meus amores (por mais q sejam ex, sempre serão lembrados como meus amores) ainda vagam por aí com seus novos casos, com seus antigos casos, com suas novas vidas sem a minha. Eu fico feliz por ter passado, embora eu ache q para alguns eu não passei, assim como eles não passaram.
Eu apostei e perdi. Apostei q sempre teria alguém pra quem voltar, mas eu eu percebi q há realmente, eu é q não vou querer voltar.
Eu ando revendo meu porto de chegada. Vejo meu porto alegre, meu porto seguro... sinto falta, mas além da falta q eu sinto, sinto também a falta de vontade de aportar.

Não sei se estou feliz, mas vou seguindo em frente. Ao partir, deixo aqui a minha saudade. Não tenho dúvidas de q esta é realmente a minha casa, mas não tenho mais tanta certeza de q o lugar de onde sou ainda é de mim.

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