terça-feira, 29 de abril de 2008

Sistema circulatório (coração)


Dizem q o coração tem razões q a própria razão desconhece...
Seria tão simples de entendê-lo se fosse só aquela historinha de veia cava superior q bombeia o sangue pro átrio direito q leva pro ventrículo direito q despeja nos pulmões, depois volta oxigenado pro átrio esquerdo e de lá vai pro ventrículo esquerdo, q leva o sangue oxigenado pra todo o corpo q depois devolve pra veia cava superior e recomeça todo o processo.
Não sei porque tanto prazer em se complicar tanto os processos do coração. É tão mais fácil vê-lo imerso dentro de um depósito pra gente poder estudar o q tem por dentro, todas aquelas bicúspedes e tricúspedes.
Ainda bem q, quando o abrem, não dá pra ver as coisas q a gente vai guardando nele durante toda a vida. Eu acho é q todas essas coisas q a gente guarda nele devem viver numa constante jornada, de um átrio pro outro, de um ventrículo pro outro, do corpo até os pulmões e tudo mais. Porque se eu for pensar q fica tudo guardado nesse espacinho do tamanho de uma mão (fechada ainda mais), não dá pra crer q cabe.
Talvez por isso as pessoas tenham tantos problemas de coração, por causa das coisas q deixam ficar guardadas nele.
No meu eu só quero amor! Não importa de qual tipo, não importa se recíproco, ou platônico, ou condicionado, ou gratuito... as paixões fazem as coisas acontecerem, mas só o amor as torna eternas.
Tem sido tão difícil falar de amor nos dias em q estamos. Aliás, difícil não é nem falar, mas sentir, falar ficou tão fácil q já clicherizou, vulgarizou, desencantou.

Eu quero mais encanto pros meus dias, quero mais emoção, q me faça sentir como uma criança com um sorvete na mão (mesmo toda lambuzada se sente a pessoa mais feliz do mundo), q me deixe com sorriso bobo, com o olhar perdido, mas quero principalmente q seja de verdade!
Não quero a sorte de um átrio ou ventrículo, onde tudo q conhece é o passageiro, o andarilho, tudo o q passa por eles, apenas passa e quando volta mais tarde, já não é mais como era antes e nem é com a promessa de, dessa vez, vir pra ficar.
Também não quero a sorte dos amores distantes, aprendi q amar à distância é querer as estrelas enquanto é dia. Não me importo com o q dizem, eu simplesmente não consigo sentir qualquer coisa por qualquer pessoa q não posso tocar e sentir ao meu lado quando eu precisar.
Sou mais da versão de q o q os olhos não vêem, o coração não sente. Na verdade, eu fico me perguntando o quê o coração realmente sente?
Será mesmo q com tanta coisa indo e voltando constantemente, com todo o trabalho q ele tem de se manter batendo o tempo inteiro pra q o corpo ao qual pertence se mantenha vivo e em bom funcionamento, ele ainda tem tempo de sentir alguma coisa?
Prefiro acreditar q aquele friosinho na barriga e tudo o q vem com ele não são responsabilidade de um conjunto de músculos q mal têm tempo cumprir sua obrigação de fazer tudo passar...
Prefiro acreditar q a chave mestra de tudo está em algum lugar entre a hipófise e os forames e, talvez aí, eu encontre a raiz das minhas angústias.

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